Os piratas mais perversos da história


Quando se via a bandeira bucaneira, aquela da caveira e dos ossos cruzados, a aflição e a certeza da morte percorriam as veias de muitos viajantes e marinheiros que navegavam em suas jornadas além-mar, além de tantos outros moradores das costas de rotas comerciais. Bandidos sanguinários, os piratas eram "monstros", que segundo Charles Ellms, lá pelo anos do século XIX, que não tinham nada de "famosos" ladrões do mar, e sim era homens e mulheres terríveis, sórdidos e maléficos. A freelance inglesa Shelley Klein, autora de “As

Sociedades secretas mais perversas” da história traz a vida e a história de quinze dos mais violentos, sanguinários e bárbaros piratas que já aterrorizaram os sete mares em seu “Os piratas mais perversos da história (The most evil pirates in history”, Tradução de Magda Lopes, 280 páginas), lançamento recente da editora Planeta do Brasil.

Em seu livro, Klein aborda o que tornou esses piratas de crimes tão horrendos em personagens tão duradouros. Muita desta fama se deu por causa da literatura e do cinema, autores como Daniel Defoe, Lord Byron, Julio Verne, Robert Louis Stevenson, Emilio Salgari, J.M Barrie, Rafael Sabatini entre outros, além de filmes como Capitão Blood, com Errol Flynn, ou Piratas do Caribe, mostram os piratas e suas proezas, heróis fanfarrões e românticos.

Em seu livro, Klein aborda a diferença entre os piratas, criminosos sem lei e os corsários, contratados pelos reinos para atacar e saquear navios inimigos, também mostra o Código Pirata e explica o por quê de tantos marinheiros, que poderiam ser empregados em negócios legítimos, optavam pela pirataria, devido à servição imposta pelo recrutamento militar forçado na Marinha Real ou na marinha mercante.

Bárbaros ou desesperados, os piratas foram torturadores que matavam por prazer ou por dinheiro. E aqueles que Shelley colocou em sua lista, saem de uma ordem onde a crueldade e a fama de seus ataques tornaram os seus feitos conhecidos. São os seguintes personagens históricos pesquisados por essa detalhista historiadora:

• Grace O’Malley, (c.1530- c. 1603), nobre irlandesa, comandante de um grupo de 200 piratas, a mais feminina capitã do mar;

• François L’Ollonais, pirata francês, que aterrorizou o Caribe durante o século XVI, ficou conhecido como o torturador de espanhóis;

• Sir Henry Morgan (1635-1688), corsário galês, que se tornou governador da Jamaica, ficou célebre pelo incêndio da cidade do Panamá;

• Capitão William Kidd (1645-1701), corsário escocês, recebeu ordens da Inglaterra para controlar a pirataria francesa na região de Madagascar, conseguindo amealhar uma grande fortuna, foi o propagador de vários mapas do tesouro;

• John ou Henry Avery (1653-1696), pirata inglês, o terror dos sete mares, inpisrador de peças musicais e de teatro, rei dos diamantes, após o maior saque já feito no mar, traiçoeiro, roubou os próprios companheiros, mas morreu na miséria;

• Edward Teach, o Barba Negra (1680-1718), um louco, perverso e perigoso pirata ingles;

• Bartholomew Roberts (1682-1722), pirata galês, um dos maiores saqueadores dos mares, abordou mais de 400 navios;

• Edward England (?-1719/1720), pirata irlandês, que foi uma das inspirações de Robert Louis Stevenson para escrever A Ilha do tesouro;

• Edward Low ou Lowe, um dos homens mais cruéis a comandar um navio pirata. Até mesmo seus próprios homens o descreviam como um maníaco e brutal. Tinha um prazer sádico em cortar fora os narizes, orelhas e lábios das suas vítimas;

• William Lewis, o mais mitico dos piratas, dizem até que fez um pacto com o diabo;

• Jean Lafitte (1776-1854), um dos maiores corsários franceses;

• Cheng I Sao, rainhas dos mares da China, comandante de uma verdadeira frota pirata, casada com Cheng I, ex-prostituta que ficou conhecida pela sua sede de sangue;

• Benito de Soto (1805-1830), o último dos piratas ocidentais, espanhol.

Todos esses homens e mulheres aterrorizaram milhares de pessoas, mataram outras tantas e deixaram seu nome na posteridade. Um livro descritivo, curioso que mostra uma época violenta, onde era costumaz que a crueldade fosse divulgada para o maior efeito de terror às suas vitimas.

Do livro, "Os piratas mais perversos da história", de Shelley Klein.

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